de que ela tinha medo, ninguém duvidava. vivia escondida pelos cantos das paredes, correndo em salas redondas, fugindo de um não-sei-o-que apavorante que lhe perseguia.
teimava em camuflar-se por de baixo das saias das senhoras que percorriam a praça. saias longas, escuras. tecidos onde podia se enfiar, amedrontada, como sempre.
mas um dia, sozinha, sem onde mais esconder-se, entrou no tronco oco de uma árvore.
por lá permaneceu enquanto longos dias pavorosos passavam.
um dia, para a surpresa da cidade, que já havia esquecido-se da menina amedrontada, uma borboleta de cores ocre apareceu voando em torno das saias das senhoras da praça, para depois, sumir no ar.
muito bom, parabéns
ResponderExcluirobrigada.
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