eu sinto uma fome intensa de engolir o mundo – numa só garfada.
sinto-me sedenta de beber mares e oceanos, rios e cachoeiras, sangue e álcool.
num impulso, não sei mais que sou: viro criatura amorfa sem pudores, sentimentos, respeito... nada mais importa além da vontade. esta, ah, esta reina soberana sobre meu ser [em cada ato, em cada palavra de sal, em cada lágrima doce – minha ou de outros].
vontade: que me trás desespero, angústia, pulsão, morte, vida, felicidade [quase sempre, tudo isso é clandestino], marca nos pulsos, no braço dele, em minhas pernas... nas pequenas feridas.
§
não consigo dar ordem ao meu caos - o caos cá dentro. creio que explodirei em milhões de estrelas.
“meu amor, meu bem, sacie e mate, minha fome de vampiro se não eu piro [...] não me desampare, ou eu desespero!”
- zeca baleiro.
Bom texto, as vees dá mesmo vontade de engolir o mundo.
ResponderExcluir